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Ansiedade e depressão batem recorde no Brasil após a pandemia

Na sociedade atual, existem pelo menos duas frequentes situações desafiadoras à saúde mental da população. São elas a ansiedade e a depressão, dois transtornos mentais que costumam andar juntos, uma vez que pessoas que têm depressão podem acabar desenvolvendo ansiedade, e vice-versa.




Embora possuam sintomas e tratamentos distintos, ambas impactam diretamente na vida do indivíduo, trazendo prejuízos e afetando a vida e as relações sociais e profissionais.


Considerada por muitos como o mal do século 21, a depressão atinge a população como um todo, mas é duas vezes mais frequente entre as mulheres. Dentre as suas características comuns, encontram-se sentimentos de desesperança e pessimismo, irritabilidade, sentimento de culpa, perda de interesse ou prazer pela vida e fadiga.


Já a ansiedade, erroneamente considerada por alguns como simples impaciência, está ligada diretamente à preocupação, nervosismo e medo de situações que geram expectativas em qualquer pessoa, como falar em público, a aproximação de datas importantes, vésperas de prova, exames médicos, etc.


A diferença é que, em casos de ansiedade, diferente do nervosismo habitual que podemos experimentar em situações novas, há uma reação muito forte de nosso corpo, vinda diretamente do sistema nervoso autônomo. Essa reação de resposta ao estresse, que prepara o corpo para fugir ou lutar, provoca uma enorme descarga de adrenalina, que leva a palpitações, dificuldade para respirar, dormência, e ataques de pânico.


Durante a pandemia de Covid-19, momento tão estressante e desafiador para todos, houve um aumento de casos de doenças mentais em todo o mundo. Uma pesquisa realizada pela USP em 2021 mostrou que o Brasil lidera em casos de ansiedade (63%) e depressão (59%), sendo seguido, respectivamente, pela Irlanda e pelos Estados Unidos.


Um levantamento desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a UFMG e a Unicamp apresentou números alarmantes. Segundo esse estudo, 40,4% dos brasileiros estavam tristes ou deprimidos, e 50,6% ansiosos ou nervosos durante a pandemia.


Outro levantamento alarmante foi apresentado pela Organização Mundial da Saúde em parceria com a Organização Pan-americana de Saúde, revelando que o Brasil é o país mais ansioso do mundo, com 9,3% da população tendo ansiedade, o que significaria aproximadamente 19, 4 milhões de pessoas.


Como vimos, a ansiedade e a depressão são cada vez mais comuns em nossa sociedade, e esses problemas não devem ser tratados como temas tabus. É imprescindível que se busque atendimento médico especializado.


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