A dependência química, isto é, o uso abusivo de substâncias psicoativas, lícitas ou ilícitas, é um transtorno psiquiátrico da categoria dos transtornos do impulso, uso compulsivo de drogas.
Há uma necessidade irrefreável de usar a droga, seja ela álcool, tabaco, medicamentos psicoativos e outras drogas que alterem o estado de consciência, sem levar sequer em conta os efeitos danosos para o corpo ou para as relações pessoais e sociais.
O comportamento das pessoas com essa desordem é muito alterado, seja durante o uso ou durante a abstinência, por vezes agressivo, por vezes extremamente ansioso, recorrendo a condutas disruptivas para conseguir a droga, ou garantir seu abuso.
Há transtornos bioquímicos que estão subjacentes a esta necessidade premente de uso, as quais o uso de medicamentos para tratamento na fase aguda podem ocasionar melhora. No entanto, medicamentos somente não resolvem a questão, uma vez que a tolerância zero para o primeiro uso é fator fundamental para o controle da situação. E isso não se faz somente com medicamentos, mas sim com toda uma reprogramação de comportamentos, de eventual afastamento dos fatores de risco que levam ao uso da droga e uma constante supervisão e conscientização por parte do usuário para que a cada dia ele/a possa vencer a batalha e continuar sóbrio.
A Clínica da Gávea acolhe pessoas com dependência química em regime de internação na fase aguda e também dispõe de um hospital dia para o acompanhamento no pós alta. O atendimento médico é feito em conjunto, indispensável, com o atendimento psicológico.
Contamos com um conselheiro em dependência química que promove tarefas para o reforço de comportamentos ligados ao não uso de drogas, estratégias testadas e eficazes para isso. Isso ocorre tanto na internação aguda como no pós alta, em hospital dia.
Por Jerson Laks, Diretor Médico da Clínica da Gávea.
Comments