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O alarmante aumento nos casos de suicídio no Brasil e o que pode ser feito a esse respeito

Nos últimos 20 anos temos visto um aumento acentuado e extremamente alarmante no número total de óbitos causados por lesões autoprovocadas no país. Segundo o DataSUS, nesse período os suicídios no Brasil subiram de 7 para 14 mil, o que corresponde a mais de um suicídio a cada hora, e isso sem contar os casos que não são notificados.





Esses números preocupantes fazem com que o número de suicídios no país seja maior do que as mortes em acidentes de moto ou por HIV, por exemplo.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), os números brasileiros seguem a tendência vista em toda a América Latina, e vão na direção contrária ao restante do mundo. A entidade atribui o aumento nos casos de suicídio na América Latina a problemas sociais, como pobreza, desigualdade, exposição a situações de violência e ineficácia dos planos de prevenção.


Segundo a cartilha “Informando para prevenir”, publicada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), 96,8% dos casos de suicídio registrados estão relacionados a um histórico de doenças mentais que podem ser tratadas.


De acordo com a classificação DSM 5, criada pela Associação Americana de Psiquiatria e verdadeiro manual de referência em todo o mundo, existem mais de 300 tipos de transtornos que afetam a saúde mental da população mundial. Dentre eles, os mais comuns são depressão e ansiedade, problemas que afetam o Brasil como em nenhum outro país.


Em 2017 a OMS publicou um levantamento que mostrava o Brasil como o país com o maior índice de pessoas com ansiedade no mundo (9,3% ou aproximadamente 18 milhões), e o terceiro maior em número de pessoas com depressão (5,8% ou 11 milhões).


Esses números são ainda mais estarrecedores porque são anteriores à pandemia de Covid-19, período em que o isolamento social, o medo e a angústia podem ter contribuído para a piora da saúde mental de boa parcela da população.


Num contexto como esse, conscientizar e prevenir tornam-se palavras-chave. É imprescindível poder abordar esse tema de maneira clara e aberta, já que a informação correta pode auxiliar a população a se orientar e procurar ajuda. Para prevenir o suicídio é necessário um cuidado especial com a saúde mental em suas mais diversas formas.


A vida é o nosso bem mais precioso, e é preciso resguardá-la.


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