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Os dados alarmantes da saúde mental entre jovens universitários

A juventude costuma ser uma das fases da vida mais celebradas em propagandas, filmes e na memória das pessoas mais velhas. No entanto, é um momento muito desafiador. Com descobertas sobre a própria identidade, iniciação sexual, momentos-limite na escola e na universidade, a juventude é uma fase de grandes aprendizados e muita pressão.


Basta pensar o que acontece na vida de um jovem universitário. Apresentado a outras realidades e tomando parte em responsabilidades cada vez maiores, jovens universitários convivem com a crescente demanda nos estudos, assim como com o peso de ter de saber o que fazer para construir o próprio futuro, e muitas vezes sofrem com questões relativas à saúde mental.

A saída da casa dos pais, o contato com pessoas de diferentes realidades sociais, as pressões inerentes ao desenvolvimento pessoal, preocupações financeiras, exigência de planejamentos e organização com rotinas de estudo, o medo de possível insucesso acadêmico e diversos outros fatores podem contribuir para uma saúde mental debilitada.

É claro que fatores genéticos e sociais, assim como a exposição à violências e traumas ou o uso de substâncias químicas também podem ser determinantes para o surgimento de um transtorno mental, e cada caso precisa ser avaliado individualmente. Mas o fato é que essa fase da vida costuma ser conturbada, e é preciso ficar atento aos sinais.

O estudo “Global Student Survey”, feito em 2021, revelou que o Brasil tem o maior índice de universitários que declararam ter tido a saúde mental afetada durante a pandemia. De acordo com o levantamento, 7 em cada 10 universitários brasileiros afirmaram que a pandemia trouxe impactos na saúde mental, e 87% afirmaram que houve aumento de estresse e ansiedade.

Esses números são ainda mais preocupantes porque 17% dos universitários declararam ter convivido com pensamentos suicidas, e apenas 21% deles buscou ajuda.

Conscientizar a respeito da saúde mental de jovens universitários, com campanhas e criação de políticas públicas, é fundamental para que consigamos enfrentar essa verdadeira pandemia de transtornos mentais que afetam nossos jovens.


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